O Move Porto está de volta, e com um pequeno ajuste, depois da experiência-piloto do ano passado. A partir de sexta-feira e até 4 de Outubro, o metro vai circular de forma ininterrupta, às sextas-feiras e sábados, nas linhas Amarela e Azul. O presidente da Metro do Porto, João Velez Carvalho, tem a expectativa de ultrapassar o número de 120 mil passageiros que, no ano passado, utilizaram este serviço extra.

Quando o Move Porto foi lançado, em 2014, prometia-se uma avaliação e eventuais alterações, no caso de a experiência se repetir no futuro. O momento chegou e a Metro e a Câmara do Porto concluíram que não é preciso mudar quase nada. Só o prazo da operação foi diminuído – enquanto em 2014 se admitia continuar com o serviço de 24 horas até Novembro, agora os responsáveis pelas duas entidades consideram que não se justifica manter as composições a funcionar toda a noite para lá de 4 de Outubro. “Não se justifica porque não há procura que o justifique, quando o tempo começa a piorar”, explicou o presidente da câmara, Rui Moreira.

Em tudo o resto, a operação manter-se-á como foi concebida. Vão funcionar a linha Amarela, em toda a sua extensão, e a linha Azul, entre o Estádio do Dragão e a Senhora da Hora. Os parques de estacionamento dos dois términos da linha Azul servirão como apoio a quem pretende usar o metro durante a madrugada, com o custo especial de 0,95 cêntimos por 12 horas de estacionamento. O bilhete a utilizar no metro entre a 1h e as 6h manterá o custo de 1,20 por trajecto.

“No ano passado transportámos 120 mil pessoas com o Move Porto. Vamos, por isso, repetir a operação e fazêmo-lo com gosto, considerando que esta é a nossa obrigação, pelo entendimento que temos do que é o serviço público. Esta oferta permite ter menos viaturas na rua, enquadra-se na componente de responsabilidade social, porque potencia mais segurança, e tem também uma vertente de responsabilidade económica”, por causa do acesso aos serviços que animam a noite do Porto, afirmou João Velez Carvalho esta segunda-feira de manhã, na estação da Trindade, onde o novo período do Move Porto foi apresentado.

O presidente da Metro do Porto e da STCP disse ainda estar convicto de que, este ano, o Move Porto servirá mais do que os 120 mil passageiros do ano passado. “Contamos com mais pessoas. O serviço está mais divulgado, pelo que achamos que mais pessoas irão aderir”, afirmou.

Já o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, salientou as razões para o regresso do serviço. “É um projecto muito importante e que no ano passado correu muito bem. Havia procura, adesão e teve impacto nos cidadãos”, afirmou. O autarca disse mesmo ser “um orgulho” poder fornecer um serviço que permite que “os filhos saiam sem que os pais tenham a preocupação pela forma como chegam a casa”.

A circulação nocturna do metro, durante o Verão, altura em que a noite portuense recebe ainda mais pessoas, é também “muito importante pelo lado da sustentabilidade, já que permite libertar alguma pressão que existe sobre a cidade”, defendeu Moreira.

Tal como no ano passado, as composições irão circular de 20 em 20 minutos, entre a 1h e as 6h, nos trajectos já referidos. Em ambas as linhas há estações que estarão desactivadas, durante a noite, tal como já acontecia em 2014. Assim, não vale a pena esperar pelo metro nocturno nas estações de Faria Guimarães e Salgueiros, na linha Amarela, ou nas estações do Heroísmo e da Lapa, na linha Azul.

Sem relação com o Move Porto, o metro irá também circular sem paragens na noite de 23 para 24 de Junho, para permitir que os foliões de S. João possam festejar sem pensar nas ruas cortadas ao trânsito onde irão parar o carro. Neste caso, todas as linhas estarão em funcionamento e com frequências reforçadas, a partir da 20h de terça-feira.